15.3.07

Danado de bom

Por que o Sol saiu
Por que seu dente caiu
Por que essa flor se abriu
Por que iremos viajar no verão
Por que aqui o mundo não será cão

Quando o Goodzila atacar
Quando essa febre baixar
Quando o mamute voltar
Descongelado a caminhar na Sibéria
Quando invento, o mundo é feito de idéias

O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é teu, Sebastião

Como escrever certo o seu nome
Como comer se der fome
Como sonhar pra quem dorme
E deixa o cansaço acalmar lá em casa

Como soltar o mundo inteiro com asas
Tiranossauro Rex tião
Dentro dos seus olhos virão
Monstros imaginários ou não
Por sorte somos todos os infernais
E agora eu vivo em paz

O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é teu, Sebastião

O mundo é bão, o mundo é bão
O mundo é bão, o mundo é bão

"O mundo é bão, Sebastião", Nando Reis

Ora essa

Nádegas a declarar, por ora.

(repetir o mantra sempre que uma merda bem fedida estiver na sua mão e você não souber o que fazer com ela)

12.3.07

Considerações finais

Gostaria de convidá-los, todos, para o cerimonial em homenagem ao filósofo "do nada" francês, Jean Beaudrillard. Fui apresentado ao seus textos nos primeiros períodos de faculdade, ainda no início deste século, e me senti contagiado. O cara é do tipo "curto e grosso". Sem jamais titubear.

Baudrillard morreu na terça passada, 06.03. Amanhã faz sete dias que "o cara" se foi. Em sua homenagem (e certo de seu correspondente respeito, caro leitor), dedico trechos do texto de Gilles Lapouge, correspondente do Estadão em Paris, publicado no caderno de cultura ontem. Parafraseando Guimarães Rosa, é tudo vupt-vapt.

Não só tudo aquilo que se refere a "transcendente" desapareceu dos nossos horizontes, mas também a própria definição da realidade objetiva se afugentou, o que é testemunhado pela predominância das representações virtuais do mundo sobre as noções de sentido e verdade. (...) Nessa proliferação de sinais, simulacros, imagens e clones, a grande vítima é a realidade, cujo desaparecimento foi anunciado por Baudrillard, da mesma maneira que outros filósofos, antes dele, anunciaram também o fim das ideologias, o "fim da história", ou a morte de Deus, ou enfim, como Foucault, "a morte do homem". Nessa seqüência catastrófica, Baudrillard foi mais longe que qualquer um. (...) Mesmo que se opusesse a isso, ele se situa entre os "niilistas" modernos, pois pode-se ir mais longe na contemplação do nada do que negar a "realidade do real"?

11.3.07

A polícia mente


Em reportagem publicada ontem, a Folha apresenta dados de um inquérito da Corregedoria da Polícia Militar sobre a atuação das milícias nas comunidades cariocas de baixa renda. A notícia revela que policiais comandantes dos grupos paramilitares na favela Vila do Sapê e no morro do Jordão, em Jaracepaguá (zona oeste do Rio), vendem armas e drogas para traficantes e praticam estupros.

Essa é a primeira investigação oficial da corporação sobre o envolvimento de PMs com milícias que vem à tona citando nomes de suspeitos e o modus operandi das quadrilhas. Os crimes apontados no inquérito contrariam a filosofia pregada pelos milicianos, que expulsariam traficantes das favelas e, em seguida, proibiriam a prática de delitos nas comunidades dominadas. Para garantir proteção, cobra-se taxas semanais que variam de R$ 5 (para moradores) a R$ 30 (para comerciantes).

10.3.07

Homenagem a Camões


Em terra de cego, quem tem um olho é caolho - Martinho da Vila

O país do futuro I


Dessa vez foi o todo-poderoso presidente dos EUA, George W. Bush, quem veio ao Brasil conhecer a sofisticada produção brasileira de etanol a partir da cana-de-açúcar. A curiosidade pelo combustível produzido com tecnologia 100 % nacional tem aumentado as cotações da Petrobrás, detentora do know-how, no mercado financeiro. Dia após dia, a estatal vem ganhando status de empresa globalizada e, no mercado de ações, já rivaliza com alguns conglomerados produtores de petróleo. Resta saber se a bola da vez é investir na prospecção em águas profundas ou na produção de biocombustíveis, recentemente apresentados pela mídia como opção ao ecologicamente incorreto consumo de gasolina e derivados. Cientistas de todo o mundo têm afirmado que o álcool, energia renovável, é o combustível do século auto-sustentável. Portanto, o Brasil é o país do futuro. Cof-cof!

9.3.07

Extra! Como perder 180 kg!


Inacreditável! Ontem, a imprensa internacional assistiu à aparição pública do homem mais pesado do mundo. O mexicano que já pesou mais de meia tonelada saiu de casa pela primeira vez em cinco anos. Manuel Uribe, 41 anos, circulou sobre sua cama para cumprimentar vizinhos e curiosos. Ele acaba de perder 180 kg e, atualmente, as balanças registram inacreditáveis 381 kg.
Impossibilitado de se locomover desde o verão de 2002, Uribe depende da família e de amigos para se limpar e alimentar. O balofo chamou a atenção do mundo inteiro quando pediu ajuda em rede nacional em janeiro do ano passado. Desde então, ele se sujeita às determinações de nutricionistas mexicanos, que manterão o regime alimentar até que o paciente atinja a meta de 120 kg.